A primeira notícia sobre o Escotismo publicada no Brasil foi no dia 1º de dezembro de 1909, no número 13 da revista Ilustração Brasileira editada no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, e com circulação nacional. A reportagem tinha o título : Scouts e a Arte de Scrutar; ocupava três páginas e apresentava 7 fotografias. A matéria fora preparada na Inglaterra pelo 1º Tenente da Marinha de Guerra Eduardo Henrique Weaver, onde se encontrava a serviço. Teve, assim, a oportunidade de presenciar o nascimento do Movimento Escoteiro – Scouting for Boys, criado em 1907 pelo General Inglês Baden-Powell – B. P. Na época, juntamente com o Tenente Weaver, encontrava-se na Inglaterra numeroso contigente de Oficiais e Praças da Marinha – preparava-se para guarnecer os novos navios da esquadra brasileira em construção. Um grupo de suboficiais de entusiasmou com o revolucionário método de educação complementar imaginado por B-P. Entre eles estava o Suboficial Amélio Azevedo Marques que fez com que seu filho Aurélio ingressasse em um dos Grupos Escoteiros locais. Assim, o jovem Aurélio Azevedo Marques foi o primeiro Escoteiro Brasileiro ou, mais precisamente, o primeiro Boy Scout brasileiro.
Quando da vinda para o Brasil, os militares trouxeram consigo uniformes escoteiros ingleses, no valor de trinta libras esterlinas. O Encouraçado “Minas Gerais”, navio onde estava embarcada a maioria dos militares interessados em trazer para o Brasil o Movimento Escoteiro, chegou ao Rio de Janeiro em 17 de abril de 1910. No dia 14 de junho do mesmo ano, na casa número 13 da Rua do Chichorro no Catumbi, Rio de Janeiro, reuniram-se, formalmente, todos interessados pelo escotismo e embarcados nos navios que haviam chegado ao Brasil. Naquele local foi oficialmente fundado o Centro de boys Scouts do Brasil. O evento foi informado aos jornais, os quais publicaram a carta recebida da Comissão Diretora. A correspondência enviada começava nos seguintes termos: À imprensa desta capital, brilhante e poderoso fator de progresso, campeã de todas as idéias nobres, vem o Centro de Boys Scouts do Brasil, solicitar o auxílio de sua boa vontade, o esteio de que necessita para que em todos os lares brasileiros penetre o conhecimento do quanto à Pátria pode ser útil a instrução dos Boys Scouts.
Fundada em 4 de novembro de 1924, a UEB (União dos Escoteiros do Brasil) surgiu para organizar o Movimento Escoteiro no Brasil que, desde 1910, já se instalara no país. Mesmo antes da criação da UEB, o Escotismo foi reconhecido como de Utilidade Pública Federal pelo Decreto nº 3.297, de 11 de junho de 1917.
Criada a UEB, a entidade recebeu o mesmo reconhecimento pelo Decreto nº 5.497, de 23 de junho de 1928 e mais tarde por meio do decreto-lei nº8.828, teve reconhecido suas características de instituição de educação extra-escolar e de órgão máximo do Escotismo Brasileiro.
Presente em todo o país, que conta com seus mais de 1.200 Grupos Escoteiros, a UEB coordena e supervisiona, por meio do seu Escritório Nacional, sediado em Curitiba, e dos Escritórios Regionais que atendem aos 26 Estados e ao Distrito Federal, as atividades escoteiras de mais de 70.000 crianças e jovens de ambos os sexos, com idade variando entre 6.5 e 21 anos.
UEB – Escritório Nacional
Trav. José do Patrocínio, 100 – Alto da Glória
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Em 10 de Abril de 1892 nasceu em Mecejana, no Ceará, o menino Benjamim de Almeida Sodré, filho de Lauro Sodré e que mais tarde se tornaria um personagem muito importante na História do Escotismo brasileiro. Curiosamente, Benjamim Sodré, que mais tarde seria conhecido pelos Escoteiros como O Velho Lobo, teve em sua vida muitas passagens e características semelhantes a B-P.
Ainda criança mudou-se para o Rio de Janeiro e depois de terminar seus estudos secundários prestou concurso para admissão na Escola Naval sendo aprovado em primeiro lugar. Fez brilhante carreira na Marinha Brasileira, sobrevivendo ao naufrágio do rebocador Guarani, em 1913 e chefiando a Comissão Naval Brasileira durante a II Guerra Mundial. Tornou-se Almirante em 1954.
O Velho Lobo, assim como o fundador Baden Powell tinha uma série de Talentos e Interesses diferentes. Foi professor de Astronomia, Navegação e História da Escola Naval, publicou diversos trabalhos, foi Maçom e sobretudo um excelente jogador de futebol, ponta esquerda do Time do América, do Botafogo e da Seleção Brasileira entre 1910 e 1916, conhecido como Mimi Sodré.
Desde que entrou em contato com o Movimento Escoteiro tornou-se um grande seguidor dos ideais de B-P, participando da fundação e organização dos Escoteiros do Mar, o primeiro Grupo Escoteiro de Belém, a Federação de Escoteiros paranaenses, entre outros. Escreveu o Guia do Escoteiro de 1925, uma das mais importantes obras do Escotismo Brasileiro.
Os Escoteiros do Brasil nesse período eram divididos em diversas Federações e não constituíam uma unidade central, desta forma, O Velho Lobo teve papel fundamental na idealização e criação da União dos Escoteiros do Brasil, a UEB, reunindo as quatro primeiras federações (a Federação de Escoteiros Católicos do Brasil, Federação Brasileira de Escoteiros do Mar, Federação dos Escoteiros do Brasil e Federação Fluminense de Escoteiros).
Foi honrado com uma série de títulos, entre eles o de Cidadão Honorário do Rio de Janeiro e outros Estados e medalhas de mérito, presidindo a ordem do tapir de Prata, a mais alta condecoração do Escotismo Brasileiro.
Faleceu em 1o de fevereiro de 1982, pouco mais de dois meses antes de completar 90 anos. Atualmente vários Grupos Escoteiros, ruas e espaços municipais levam o nome de Almirante Benjamim Sodré, em sua homenagem.
Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, poeta brasileiro, nasceu no dia 16 de dezembro de 1865, no Rio de Janeiro e faleceu no dia 28 de dezembro de 1918 no mesmo estado.Cursou a Faculdade de Medicina e Direito, abandonando essa carreira para dedicar-se exclusivamente para a literatura. Ao registrar-se a revolta armada, o Governo Floriano Peixoto considerou-o comprometido e mandou encerrá-lo. Colaborou em vários jornais e revistas como “Notícia”, “Gazeta de Notícias” e a “Riva”. Exerceu o cargo de Secretário do Congresso de Pan Americano em Buenos Aires, Inspetor da Instrução Pública e Membro do Conselho Superior do Departamento Federal. Tomou parte na Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira de número 15, cujo patrono é Gonçalves Dias. Pertenceu à Escola Parsiana Brasileira, sendo um dos seus principais poetas. Seu cuidado em atingir uma obra perfeita, levou-o a escrever poesias tecnicamente admiráveis, atingindo um dos mais altos graus do nosso parnasianismo e os feitos históricos de seus desbravadores, são de grande beleza pelo ritmo e pelas imagens sonoras. Seus versos comoventes e de extraordinários sentimentos, o tornaram um dos nossos poetas mais preferidos. Sua consagração definitiva foi obtida com o seu livro:”Poesias” publicado em 1888. Escreveu muito, nunca se descuidando da forma. Algumas de suas obras: “Via Láctea”, “Sarça de Fogo”, “Crônicas e Novelas”. O livro “Tarde”, foi publicado postumamente em 1919. Consagrou os últimos anos de sua vida promovendo o Patriotismo e a Cidadania incentivando que os jovens participassem do movimento Escoteiro.
Olavo Bilac fala sobre o Escotismo:
Trecho da Conferência Realizada em Belo Horizonte em 26 de Agosto de 1916 – Publicado em 1929 em Nictheroy pelas Oficinas Gráficas da Escola Profissional “Washington Luis”.
“.. A escola dos escoteiros, uma das células primarias do organismo da educação cívica e da defesa nacional, tem um objetivo que se resume em breves linhas.
É a educação completa dos adolescentes. O escoteiro, desde que se inicia no tirocínio, anda, corre, salta, nada monta a cavalo, luta defende-se, maneja armas,; mantém-se num constante cuidado do asseio do corpo e da alma; afasta-se da pratica de todos os vícios; adquire noções de física, química, botânica, astronomia, anatomia, geografia, topografia, astronomia; orienta-se pelo sol, pela posição das estrelas, pelo relógio, pela bússola, manuseia o termômetro e o barômetro, mede o caminho que percorre; estuda os mapas; sabe acender o fogo e cozinhar; faz acampamento; recebe e transmite comunicações pelos telégrafos Morse e Marconi, por meio de luzes, de sinais por bandeiras e pelos gestos dos braços; instintivamente aprende tática e estratégia; pode eficazmente socorrer feridos e vitimas de quaisquer desastres; alimenta e desenvolve os seus nobres sentimentos; abomina a mentira; reputa sagrada a sua palavra de honra; é disciplinado e obediente; é cortes; considera como irmãos os seus companheiros, ampara as mulheres, os velhos os enfermos; opõe-se a crueldade sobres os animais; é econômico mas condena a avareza; respeitando a própria dignidade, respeita a dignidade alheia; é alegre,; esforça-se por dizer claramente o que sente e exatamente descrever o que vê; pensa, raciocina, deduz; e enfim, conhece a historia e as leis do seu pais; é patriota e estimula a sua iniciativa.
Basta isso para que se veja que, no escotismo, se inclui todo ensino da infância e da adolescência . como o compreendia Platão , dizendo: “a educação tem por fim dar ao corpo e ao espírito a beleza e toda a perfeição de que eles são susceptíveis” , e como concebia Spencer, professando: ” a educação é a preparação para a vida completa”. Esta admirável escola ao ar livre abrange todos os pontos, que se contem no programa da moderna pedagogia.
Primeiro, a instrução física: a conservação ou o restabelecimento da saúde, pela higiene e pela medicina e o desenvolvimento normal e progressivo de todas as funções de corpo, pela ginástica e pelos jogos escolares.
Depois, a instrução intelectual: o amestramento dos cinco sentidos, a percepção externa e a interna, a cognição e a experiência; a consciência, a personalidade, e a liberdade; a faculdade de conservação – a memória; e as faculdades de elaboração – a atenção, a abstração, a generalização, juízo, o raciocínio, e a imaginação.
Enfim, a instrução moral; a sensibilidade, e a sua cultura; o amor próprio, o amor e o respeito da propriedade, foi livre arbítrio, da independência, da emulação; o altruísmo, a benevolência, a beneficência , a amizade, a docilidade,; o amor da pátria, do belo e do bem; o brio, a coragem, a disciplina; e a cultura da vontade, e a formação do caráter.
E este curso completo de adestramento é feito no seio da natureza, na alegria da vida desportiva, pelo gosto próprio, pela pratica, pela lição das coisas.
O escotismo forma homens e, ainda mais, heróis. É a heroicultura. Em cada escoteiro, no ultimo grau da iniciação, existe um “agenor”, no sentido do vocábulo grego: Homem de coração.
Há pouco tempo, em São Paulo, um educador, o Sr.João Kopke, numa conferencia, lembrou que os antigos gregos davam aos ephebos , “sem ensino especial de civismo, meios de cultura própria, apenas por um programa limitado, entre o sete e os dezoito anos, formando uma boa e bela forma de homem, com a sua inteligência, os seus sentimentos e o seu corpo treinados”.
Não era aquele ensino da ephebia o mesmo ensino que hoje damos aos escoteiros? Mais ainda: o juramento do escoteiro no primeiro grau de iniciação, e os doze artigos do Código do escotismo são uma reprodução aproximada da afirmação, que os efebos espartanos e atenienses prestavam, quando, perante os magistrados, recebiam a lança e o escudo: “Nunca aviltarei estas armas, nem abandonarei o meu companheiro na fileira; combaterei pela defesa dos templos e da propriedade; respeitarei as leis; e transmitirei a minha terra própria, não só menor, porem maior e melhor do que me foi transmitida”.
Mas o juramento e o código do escoteiro tem mais larga e mais bela significação do que a formula dor efebos. A moral e o governo de Esparta e de Atenas estreiteza e secura de egoísmo.
Se quiserdes dar ascendência legitima, e foros e brasões de altas pobrezas a moderna criação do escotismo, deveremos radica-lo na tradição medieval da Cavalaria Andante. O grande ímpeto de desapego, de liberdade, de coragem e de altruísmo, que dispersou os cavaleiros andantes pelo mundo, foi o mais belo serviço da idade média.
Os abusos da cavalaria não a mataram. Os exageros de uma virtude matam-se a si mesmos; e deixam viva e inalterável a força da alma que foi exagerada. Também, sobre o curso dos rios nas cidades despejam todos os dejetos da sua vida; a água, turvada e infamada, aceita com resignação a afronta ; mas, em breve, libertada do contato dos centros populosos, na sua incessante agitação, torvelinhando sobre o leito de pedra e musgos, expurgando-se com o banho do ar livre, abluindo-se em si mesma, é daí a mesma linfa imaculada, reproduzindo a clareza e a virgindade da nascente.
Assim, o sentimento de honra, que inspirava os paladinos. Que era aquela instituição? Uma exaltação da alma, que impelia para a gloria, para a justiça e para o desinteresse: os heróis errante eram bravos e pródigos, destemidos e puros: respeitavam e protegiam os fracos, defendiam as viúvas e os órfãos, subjugavam a tirania insolente, veneravam a mulheres e davam ao amor um culto religioso… Morreram os abusos, mas a essência sublime ficou… Enquanto houver brio e bondade no mundo, sempre haverá cavaleiros andantes.
No escotismo – e é esta a sua maior e mais verdadeira beleza – a exaltação reveste-se de um distintivo prático, sem perder a sua poesia sublime. Na Cavalaria, as vezes, a idéia de honra era vaga: a da generosidade, indecisa; a da abnegação, indeterminada; as vezes, era o sacrifício perdido, a bravura sem proveito, a dedicação inútil. No escotismo, a idéia da honra define-se: é a honra do indivíduo, a honra do cidadão; o desinteresse e a magnanimidade não são apenas gestos formosos; são ações justas e úteis – justas para a perfeição humana, e úteis para a grandeza da Pátria.
Tal é, em suas linhas fundamentais, a criação do escotismo. A vos, meus companheiros de trabalho literário, cumpre a tarefa da propaganda, da organização e da direção em Minas, da nova heroicultura, linha de Baden Powell.
Esta educação de alta poesia deve ser agitada e defendida por poetas.
Diz-se que o Brasil é uma terra de poetas. E isto é dito, as vezes, com um desdenhoso franzir de lábios e um ultrajoso dar de ombros … Aceitemos com prazer a afronta da ironia! Seja ela o nosso orgulho. Sim! Somos e queremos ser um povo de poetas! Antes poetas , que desanimadas maquinas humanas; antes poetas que interesseiros traficantes; antes pássaros leves, ávidos de luz, tontos de sonso e perfumes, contentes de liberdade, insaciáveis de espaço e brilho, que bácoros lerdos e lambazes, amigos do lameiro gordo, satisfeitos do gozo material!
E que há, no mundo, de nobre, de grande, de digno, de formoso, que não seja poesia? A vida, em si, é poesia; Carlyle disse que a vida humana é um milagre: “nos tocamos o céu, quando tocamos um corpo humano”; e milagre, poesia divina, é a circulação do sangue, o mecanismo secreto do sistema nervoso, a vida física, que infinitamente multiplica em idéias cada sensação dos nosso sentidos rudimentares.
E a ciência, todas as ciências, desde a física, descobridora das maravilhas do movimento e da luz, até a matemática, mãe de números e de abstrações, são poesia. Poesia é a filosofia, mecânica celeste do universo dos seres, dos princípios e das causas, geometria e música das formas e dos ritmos do pensamento…
O trabalho, deus criador; a agricultura, mestra amável, que transforma arneiros estéreis em paraísos de promissão; a indústria, feiticeira engenhosa, transformadora das matérias brutas em instrumentos da fartura e da felicidade; o comercio, o medianeiro providente, que criou a navegação, inventou os transportes e maquinou a civilização, — são poesia. Poesia é a política, quando , em vez de ser uma profissão de trampolineiros, é a arte e a ciência de dirigir legiões de heróis, em vez de pastorear manadas de escravos. Tudo é poesia! Só não é poesia a preguiça moral, a mesquinharia de alma, a falta de coração dos que duvidam da crença dos outros, porque indignos de viver, são incapazes de crer…
Sejamos um povo de poetas! E criemos gerações de poetas!
Tomai a peito a causa do escotismo. E lembrai sempre que o escotismo sobre ser uma escola de formação, de destreza, e de patriotismo, é, principalmente, uma escola de honra. Diz um brocardo, uma expressão graciosa, que “o homem é filho da crença”; o que quer dizer que na alma da criança devem ser regada as boas ações, que florescerão na mocidade e frutificarão na idade madura.
A ideia da honra, abstração sagrada, inclui em si muitas ideias: a da fidelidade , a do valor, a da equidade, a da responsabilidade, a do pundonor, a da indulgência, a da confiança, a da firmeza de caráter. A honra é toda a dignidade, toda a personalidade moral. Dando a um menino, depois da força e da inteligência, a honra , — esse menino será um homem perfeito.
E uma pária só pode ser nobre e inabalável quando a grande maioria de seus filhos é de homens verdadeiramente honrados, –honrados no lar e na vida pública honrados como dirigidos e como dirigentes.
Se, com o nosso trabalho, depois da nossa morte deixarmos gerações de homens prefeitos, esses serão os nosso melhores versos, as nossas melhores paginas de historia, de ficção ou de filosofia. Que valemos nós, pelo nosso trabalho literário?
Em dois anos, ou em dois séculos, os mais fortes livros desfazem-se em pó, e os maiores nomes dissipam-se em névoa… Mas, valemos muito pelo que trabalhamos para o pensamento e o afeto dos nosso filhos. Da caudal da vida somos apenas ondas anônimas ou gotas de água, ou, menos ainda: flocos de espuma. Nada sabemos do mistério da nascente nem do mistério da foz… Aparecemos, corremos, murmuramos, brilhamos, vivemos e morremos.
Baste-nos isto… Abençoada seja a vida! Ao menos, um dia, um minuto, um instante, fomos uma parcela, um raio de luz, um pouco da afirmação e da consciência da maravilhosa torrente. Abençoada seja a vida, porque ela nos deu o pensamento e o amor: pensar é um supremo orgulho, e amar uma incomparável ventura. Abençoados sejam os nosso maiores, que nos deram esta paria livre e formosa! E abençoados seremos, se aos nossos sucessores entregarmos aumentada a herança: esta liberdade fortalecida em disciplina e esta formosura acrescida em gloria ..”